O percentual do etanol misturado à gasolina aumentou hoje de 25% para 27%. O governo federal aprovou o acréscimo da mistura que já vale em todo o território brasileiro. 

A proposta do executivo é estimular a participação de fontes renováveis de energia e contribuir para aumentar a competividade do setor do etanol no país. “Esta é uma conta em que todos ganham: o produtor, o mercado, o sistema de abastecimento de energia e também o nosso arranjo produtivo”, justificou o ministro de minas e energia, Eduardo Braga.

Ele solicitou à Petrobras estudos de impacto do aumento do teor da mistura de etanol na gasolina vendida no Brasil. Um grupo de cientistas da estatal, representantes do governo federal, fabricantes de veículos e produtores de etanol foram ouvidos sobre a mudança.

Os testes já realizados, conforme anunciado, não constataram problema técnico da utilização de 27,5% de etanol, o que foi alegado comprovar viabilidade no teor da mistura.

Para o vice-presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Santa Catarina (Sindipetro) na região de Tubarão, Maycon Schuelter, somente com o uso poderá ter algum reflexo. “A princípio não ficou nada comprovado nos estudos, se esta quantia prejudicará o bolso do consumidor e o rendimento do veículo. Já tivemos um período em que eram somente 20%, depois passou a 25% e agora vamos ter que usar 27%. Acredito que somente com o dia a dia é que vamos perceber se existe ou não alguma mudança neste diferencial de etanol”, explica.

Desempenho do automóvel
O proprietário e mecânico de uma oficina de veículos, Adilson Polla, comenta que há diferenças na mudança. “Se o carro for flex com esta mistura ele regulará sozinho, mas se não for, sempre terá o desempenho comprometido e consumirá mais etanol”, alerta Adilson.