A via foi totalmente modificada e transformada em mão única, como saída da cidade, em agosto deste ano. O motivo, segundo os empresários, seria a queda de 60% nas vendas do comércio local.

No entanto, o assunto divide opiniões. Muitos motoristas e clientes, por exemplo, citam que o fluxo ficou melhor. Para o autônomo Marcos Sampaio, a avenida ficou melhor em mão única. “Independentemente da mão única ou dupla, quando preciso ir a alguma loja na extensão da avenida eu vou. Não deixei de comprar nos lugares aonde sempre ia por causa do fluxo. Muito pelo contrário, ficou até melhor de chegar e de estacionar, o que antes era praticamente inviável”, afirma.

Outra que admite ter achado melhor é a dona de casa Zenir Silveira. “Tem lojas na avenida aonde sempre vou. Achei o fluxo melhor em uma mão só, facilitou para os motoristas. Acho que trocar ao que era é um retrocesso”, ressalta.

De acordo com o representante dos comerciantes da Patrício Lima, Tadeu Pickler, da Autoelétrica Pickler, com a mudança para mão única a queda nas vendas chegou a atingir 60%. “Desde que modificaram a avenida os comerciantes estão sofrendo. A crise causou queda de 10% a 15%, mas o restante foi devido à mudança. Algumas lojas já fecharam”, afirma.

Tadeu explica que pelo fato de a avenida ter virado saída da cidade o número de veículos que passa pelo local diminuiu, o que causou queda. “Hoje, cerca de 200 carros entram por hora na cidade pela Padre Geraldo Spettmann. No que se refere à saída, o número é bem menor, pois os motoristas optam por sair por outros acessos. Isso fez com que tivéssemos também uma queda violenta no comércio”, afirma.

Os comerciantes foram à Câmara de Vereadores de Tubarão para reclamar. “Todos os edis foram favoráveis à nossa reivindicação. Agora, no dia 15, teremos um encontro com o prefeito eleito, Joares Ponticelli, para apresentar o problema e tentar chegar numa solução, ou seja, voltar ao que era antes, mas com uma revitalização melhor”, explica.

A reunião com Ponticelli está marcada para dia 15, entre 19h e 20h, no salão paroquial da igreja de Humaitá.